Site da Serra

Sabado, 15 de Marco de 2025

Brasil e o Mundo

Projeto obriga hospitais a adotar protocolo de acolhimento para mães em caso de natimorto ou óbito fetal

Para virar lei, proposta precisa ser aprovada pela Câmara e pelo Senado

Agência Câmara Notícias
Por Agência Câmara Notícias
Projeto obriga hospitais a adotar protocolo de acolhimento para mães em caso de natimorto ou óbito fetal
Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
Espaço para a comunicação de erros nesta postagem
Máximo 600 caracteres.
Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
Fernanda Melchionna, autora da proposta

O Projeto de Lei 4226/24 determina que hospitais públicos e privados assegurem atendimento diferenciado para mães em casos de natimorto ou óbito fetal. Em análise na Câmara dos Deputados, o texto altera a Lei Orgânica da Saúde.

A autora, deputada Fernanda Melchionna (Psol-RS), reforçou que o atendimento deficiente pode agravar o sofrimento emocional e psicológico dessas mães. "Além da privacidade, as mães apontam a falta de equipes treinadas para lidar com situações de óbito fetal; o despreparo da equipe e a comunicação inadequada da perda que aumentam o estresse emocional, com impactos que podem se prolongar no tempo", disse.

Segundo Melchiona, a obrigatoriedade de leitos separados para mães de bebês que morreram ao nascer ou em casos de óbito fetal já é garantida em lei em São Paulo e Goiás.

Publicidade

Leia Também:

Pelo texto, o hospital deve providenciar leitos ou ala separada para essas mulheres, além de adotar protocolo específico de acolhimento que inclui:

suporte psicológico e cuidado especializado na comunicação da perda; atendimento em local reservado, garantindo privacidade e dignidade; equipe de atendimento treinada para suporte emocional, composta por médicos, enfermeiros e psicólogos; organização de fluxo separado, minimizando o contato com pacientes em outras situações de maternidade; identificação adequada nos prontuários e quartos, a fim de evitar abordagens que possam intensificar o sofrimento; assistência para questões de lactação quando necessário; informações claras sobre o destino do feto e orientações para apoio psicológico e familiar; investigação médica e orientações sobre planejamento reprodutivo futuro, conforme desejo da mulher; e espaço apropriado para que familiares próximos possam acompanhar e realizar despedidas.

Próximos passos A proposta será analisada em caráter conclusivo pelas comissões de Defesa dos Direitos da Mulher; de Saúde; de Finanças e Tributação; e Constituição e Justiça e de Cidadania. Para virar lei, o projeto precisa ser aprovado por deputados e senadores.

Saiba mais sobre a tramitação de projetos de lei
FONTE/CRÉDITOS: Agência Câmara Notícias
Comentários: