Não é só um número. Perder Paulo Gustavo, no universo da arte, é enfrentar uma dor aumentada várias vezes.
No dia em que o Brasil registrou 412 mil mortes por Covid-19, perder alguém que, além de nos trazer sempre um alento encantado em forma de riso, é perder um brasileiro que desde o início sempre lutou pela disseminação das boas condutas de proteção, fez campanha em prol da vacina, compartilhou notícias boas e ainda, ajudou com o poder da sua fama, a quem precisava.
Não, não é só um número a mais. Perdemos mais um pai, irmão, amigo, cunhado, tio, mãe, primo, conhecido, vizinho, colega, desconhecido. Paulo Gustavo hoje, representa a imensidão de CPFs cancelados pela doença que, em muitos lugares, já está controlada, populações quase inteiras vacinadas e consciência de que não é só uma ‘gripezinha’ e que vai passar tão fácil.
Como ele bem deixou gravado em nossos corações “o riso é resistência” e há mais de um ano, estamos contendo o riso para deixar a lágrima rolar por um alguém que ficamos sabendo, outro ali que foi noticiado, mais um, muitas vezes, bem perto de nós. Mas, ele, o riso, é resistência sim e Paulo Gustavo não é só mais um.

Paulo Gustavo, seu marido Thales e os filhos do casal Romeu e Gael
Fonte/Créditos: Opinião da autora
Créditos (Imagem de capa): Reprodução | Redes Sociais
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